quarta-feira, 25 de abril de 2012

Peixe-boi

É um animal  mamífero aquático  e herbívoro.  
Quando está em movimento precisa  ir à superfície para respirar a cada 5 minutos.
Descansando, pode ficar até 30 minutos debaixo d’água.
A fêmea pode ter um filhote a cada 3 anos, e sua gestação é de 13 a  14 meses.
O peixe-boi pertence a ordem dos sirênios que significa sereia.
Na época das grandes navegações o peixe-boi era confundido com uma sereia.
Em 1980 o governo federal criou no Brasil  o projeto do Peixe-boi marinho para avaliar a quantidade e localização do peixe-boi no litoral brasileiro.  
O resultado  mostrou que a espécie encontrava-se  em extinção e precisava urgentemente de um trabalho de preservação.
Os pescadores utilizavam-se de  arpões para abater o peixe-boi.
Tudo era aproveitado do animal:  a carne era utilizada na alimentação;               a pele, na fabricação de cintos, sapatos e carteiras             e os ossos para peças de artesanato.
O peixe-boi marinho é muito importante para o ecossistema, limpando os manguezais e controlando a biodiversidade marinha.  Por ser herbívoro auxilia na alimentação de pequenos peixes.
Alimenta-se  de capim aquático e algas marinhas, impedindo que estas se acumulem e cheguem à superfície dificultando a vida marinha no local.
Com a ausência de peixes-bois as algas marinhas prejudicam a pesca artesanal e vão se acumulando na superfície e na beira da praia.
O peixe-boi pode utilizar até 8 horas diárias para sua alimentação, comendo até 10% do seu peso em vegetações aquáticas.
O primeiro estudo sobre o peixe-boi teve início na praia de Barra do Mamanguape, na Paraíba.
Constatou-se  que os filhotes ao nascerem e não saber nadar,  eram levados pelas ondas do mar  para a foz dos rios  e beira de praias onde morriam encalhados.
Diante da necessidade de proteger o animal foi montada a base de Itamaracá – Pernambuco para recuperação dos  filhotes devolvendo-os ao mar após 3 anos de cativeiro.
No final de 1994 foi construído um curral de aproximadamente 30 m2  próximo aos recifes de corais da praia de Paripueira – Alagoas -  para fazer a primeira reintrodução do peixe-boi no Brasil.
Foram reintroduzidos 2 animais- o Astro e a Lua.
Caravéia que trabalhou durante 13 anos no projeto do peixe-boi, monitorando o deslocamento do animal no litoral nordestino conta que ajudou a escolher o local da primeira reintrodução no Brasil.
O curral foi construído sobre  um banco de capim aquático para facilitar o acesso da alimentação do animal.
Após 65 dias vivendo no  cercado de madeira foram colocados em liberdade, com  rádio transmissor  preso no pedúnculo caudal para  o seu monitoramento.
Durante o cativeiro,  o peixe-boi alimenta-se de  capim aquático, algas marinhas, capim agulha, beteraba, cenoura, alface e repolho.
Normalmente se locomove em águas marítimas até 6 metros de profundidade para facilitar  sua alimentação e respiração na superfície.
Normalmente, a entrada do peixe-boi  nos rios é para beber água doce. 
No mar, pode passar até 6 dias sem tomar água doce pois o capim que consome já contém 20% de água doce em sua composição.
A segunda reintrodução de peixe-boi no mar foi feita na Barra do Mamanguape, na Paraíba.
Aldo, um peixe-boi recém nascido, foi resgatado  em 1996 na praia de Quixabá, Aracati – Ceará onde ficou no cativeiro de Itamaracá até 1998, quando foi reintroduzido, juntamente com o peixe-boi Pipinha, na  praia do Patacho , em Porto de Pedras – Alagoas.
O SOS ENCALHOU  foi a  primeira campanha pública de proteção ao animal – aconteceu  em 1999 no litoral da Paraíba até o litoral cearense.
A quarta reintrodução aconteceu em 2001 na praia de Lages – Porto de Pedras – Alagoas.
Foram soltos os peixes-bois Araketu e Boi Voador.
Em 2008 foi construído um curral no rio Tatuamunha – Porto de Pedras – Alagoas,  para receber Poti, Arani, Luna e Aira.
Foi o primeiro cativeiro a ser construído dentro de um rio. Foram colocados em liberdade no início do ano 2009.
Em seguida, o cativeiro do rio Tatuamunha recebeu seus novos integrantes: Petrus, Tinga e Atol.
O Aldo adotou o rio Tatuamunha para viver, confrontando-se com os pescadores que utilizavam o rio para a pesca.
Com a aproximação humana, o  Aldo tornou-se um peixe-boi domesticado, trazendo alguns prejuízos para os pescadores.
O peixe-boi rasgava redes; mexia nas bóias;   esmagava os peixes que estavam presos às redes;   com seu peso,  virava canoas e jangadas.
Quando o peixe-boi não possui rádio transmissor pode ser cercado pelas redes do pescador, acarretando na perda dos peixes, ao erguer  as redes para o animal sair.
Muitas vezes, o pescador enfurecido com os estragos em seu material de pesca acabava machucando o peixe-boi.
O confronto com os pescadores, os barcos a motor e a freqüente aproximação do homem que acaba domesticando o animal, são problemas que a espécie do peixe-boi enfrenta na luta para sua sobrevivência.
Foi preciso conscientizar a comunidade e encontrar alternativas de renda para as famílias prejudicadas nos locais onde vive o peixe-boi.
Um bom exemplo é  o que aconteceu no povoado de Tatuamunha, município de Porto de Pedras, onde um grupo de pescadores liderados por Cara-véia, criaram a AAMEA – Associação dos Amigos do Meio Ambiente visando a conscientização comunitária sobre a importância da preservação do meio ambiente na região e de conviver pacificamente com o peixe-boi.
Foram criados os passeios de jangada que levam visitantes para conhecer o santuário do peixe-boi e a produção de  artesanato que dão renda a mais de 30 famílias de pescadores.
Assim, o sirênio trouxe alternativas econômicas para os pescadores e a  comunidade conscientizou-se da importância do peixe-boi no ecossistema da região.
O peixe boi freqüenta todas as praias e rios do litoral norte de Alagoas. De Paripueira a Maragogi. Essa região está protegida pela segunda maior concentração de recifes de corais do mundo que vai de Pescaria – Alagoas  até Tamandaré, sul de Pernambuco.
Em Maragogi, litoral norte de Alagoas, o peixe boi freqüenta as praias de São Bento, Maragogi e Pontal do Maragogi.
Em Japaratinga  o peixe-boi Lua foi monitorado  nas praias de Pontal do Boqueirão, Bica, Bitigui e Japaratinga.
Porto de Pedras, detentor do curral  de peixe-boi no rio Tatuamunha também recebe as visitas do peixe-boi nas praias de Patacho e Lages.
Em São Miguel dos Milagres o peixe-boi freqüenta as praias de  Porto da Rua, Toque, São Miguel e Riacho.
Na praia da Barra do Camaragibe, praia do morro e na subida do rio Camaragibe até as proximidades da cidade de Passo do Camaragibe.
Em Barra de Santo Antonio o peixe-boi aparece na  Praia de Carro quebrado, Ilha da Crôa,  Maré mansa, Pedra Preta, Tabuba e no rio Santo Antônio.
No litoral de Paripueira freqüenta as praias de Sonho Verde, Paripueira e Costa Brava. Na praia de sonho verde tem um ponto fixo na beira da praia para monitoramento dos animais.
Os pontos fixos são utilizados para monitorar os peixes-bois nativos – que são os animais não domesticados, ainda selvagens.
Em Maceió, o peixe-boi já foi monitorado nas  Praias de Sauaçuí, pioquinha, impioca, pescaria, mirante da sereia, riacho doce, garça torta, jacarecica, cruz das almas, jatiuca, ponta verde, pajuçara,  barra nova e pontal.
Estima-se que o Brasil possui  aproximadamente 500 peixes-bois marinhos espalhados pelo litoral do nordeste brasileiro – de Alagoas ao Maranhão .
A outra espécie de peixe-boi do  Brasil é o que vive nos rios da Amazônia – o peixe-boi amazônico.
Divulgue este documentário para que seus amigos também conheçam a importância de preservar o peixe-boi no Brasil. Além  de sua função no meio ambiente gera alternativas de renda através do artesanato e do turismo.

Mico-leão-dourado

O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia rosalia Lin.), também conhecido como mico-leão, saguipiranga e sauimpiranga[1], é um primata que habita a América tropical. Encontra-se em perigo de extinção.
Animal monógamo, uma vez formado o casal, mantém-se fiel. O recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno. Depois disso, é o pai que o carrega, cuida dele, limpa-o e o penteia. A mãe só se aproxima na hora da mamada. Ele estende os braços e o pai lhe entrega o filhote, que mama durante uns quinze minutos. Mas, mesmo nessa hora, o pequeno não gosta que o pai se distancie.
Atualmente, resta apenas um único local de preservação deste animal: a Reserva Biológica de Poço das Antas, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil, a qual compõe dois por cento do habitat original da espécie na mata atlântica da Região Sudeste do Brasil. Restam cerca de mil micos-leões-dourados no mundo, a metade dos quais em cativeiro[4].